A população da Argentina foi estimada em 36,1 milhões de habitantes em 2001. Deles, 50% se concentram na província de Buenos Aires e na Capital Federal. A quase totalidade da população (97%) é de raça branca, com uma importante participação da imigração européia no começo do século XX (principalmente espanhóis e italianos) e de países limítrofes e orientais nas últimas décadas. Idioma: O idioma oficial é o espanhol (ou castellano, como os argentinos preferem chamá-lo). Em Buenos Aires, adota formas do lunfardo, gíria do âmbito portenho. Algumas línguas indígenas também são faladas no interior do país, como o araucano, o guarani ou o quíchua. Religião: Há ampla liberdade de culto e a grande maioria da população (92%) segue a religião Católica. Protestantes 2%, Judeus 2%, outras 4%.
Tradicionalmente, a Argentina é indicada como um dos países latino-americanos com melhor nível de vida. No entanto, devido à prolongada crise econômica, política e social que assolou o país recentemente, os indicadores sociais sofreram um notável deterioro. A tradicional classe média argentina é hoje uma franja mais reduzida da população, dado o aumento no número de novos pobres. Apesar da triste conjuntura, a Argentina continua podendo ostentar um bom sistema educativo (a educação primária, por exemplo, é gratuita e obrigatória para crianças entre 6 e 14 anos), uma baixa taxa de analfabetismo, entre outros indicadores favoráveis.
Principais indicadores sociais:
Esperança de vida ao nascer: 75 anos (homens 72, mulheres 79) (2001)
Taxa de fertilidade: 2.44 filhos por mulher (2001)
Mortalidade Infantil: 17,75 por mil nascidos vivos (2001)
Taxa de analfabetismo: 3.7% (2000)
(definição: pessoas com 15 anos ou mais que não sabem ler e escrever)
Universidades públicas: 37 (1999)
Universidades particulares: 49 (1999)
A Argentina é um importante pólo cultural, com seus inúmeros museus e galerias de arte, além de sua vigorosa comunidade teatral. O cinema argentino também alcançou estatura internacional e foi bastante usado como um veículo para exorcizar os horrores da Guerra Suja.
O esporte mais popular na Argentina é sem dúvida o futebol e é o que desperta maiores paixões. Seus dois times mais importantes são os arquiinimigos Boca Juniors e River Plate. Outros esportes em que os argentinos se destacam são: pólo (campeões mundiais), rugby (entre os 5 melhores do mundo), hockey feminino (campeãs mundiais), tênis, automobilismo, boxe, esqui, caça e pesca.
A carne de vaca é por excelência a base alimentar dos argentinos. O churrasco (asado) é a forma mais típica de prepará-la e constitui um verdadeiro ritual quando família e amigos se reunem nos fins de semana. Além dos bifes costumam comer salsicha (chorizo), rins (riñones), timo (molleja) e dobradinha (chinchulines): a famosa parillada mixta. Como acompanhamento, pão e salada. No dia-a-dia preferem bifes à milanesa por sua praticidade.
A História da Argentina tem início com a chegada dos primeiros seres humanos à região, estimada em onze mil anos antes da Era Comum (antes de Cristo). A região noroeste de seu atual território formava parte do Império Inca e as pampas eram dominadas por ameríndios nômades. Em fevereiro de 1516 o navegante espanhol Juan Díaz de Solís pilotou sua embarcação ao estuário do Rio da Prata e reclamou a região em nome da Espanha. A colonização espanhola se deu ao longo dos séculos XVI e XVII. O nome Argentina vem de argentum, prata em latim, visto a grande quantidade do metal encontrada na região junto aos indígenas. A independência da Espanha ocorreu em 1816 e deu origem a inúmeras disputas internas. A proclamação da primeira Constituição se deu em 1853, ainda hoje vigente, com as modificações ocorridas em 1994. Ao longo da metade do século XIX até metade da década de 40 a história do país foi marcada por conflitos internos entre conservadores militares e liberais civis, merecendo destaque o início do movimento peronista ao final da Segunda Guerra Mundial. Entre 1955 e 1983 alternaram-se no poder inúmeros presidentes civis e militares, com golpes frequentes e implantação de ditaduras violentas. Desde então a democracia argentina vem acompanhada de grande desordem econômica, que atingiu seu extremo durante a presidência de Fernando de la Rúa com uma recessão sem precedentes no país.